terça-feira, 8 de novembro de 2011

CAOS [1]


Eu tenho caos na minha mente.
Penso em multiplicidades enquanto desconstruo meus relevos psíquicos transformando sentimentos em melodias e cores em lembranças de pessoas. É tudo desconexo e ao mesmo tempo.
Há apenas uma linha de razão: a que me mantém preso ao mundo dos vivos, dos sensíveis.
Reviro as gavetas mais empoeiradas da minha memória e não encontro nada. O fio da racionalidade me trouxe pra cá, mas ele terminou repentinamente e não me mostrou nada que pudesse me fazer entender porque ainda não enlouqueci.
Tem um grito de lamento numa caixa escondida em algum canto do meu cérebro.
E ouço o eco de uma culpa que ainda não me perdoei.
Quebrei um ou dois globos de neve que continham amizades importantes. E notei que uns dois sumiram também.
E ainda sem respostas.
Talvez eu não esteja pronto.

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