terça-feira, 10 de novembro de 2020

O amor que foi

 soa poema como uma canção.
Perdi-me nos imbróglios meus
e não dei conta de me bancar.
A falta do amor que foi é presença
riscada na tinta da parede
no sol que brilha na lente
e faz ver tudo de repente opaco
o meu mais corajoso soneto
não dá conta de dizer do meu fracasso
porque ou estava longe demais
ou estava cego demais.
Qual castigo para fazer-se feliz?
Olhar para trás e se perdoar.
É uma dor que não machuca
é um sangrar que não convém
Não há males que vem pro bem.
Você faz deles o que bem entender.
O amor que foi é um parceiro de vida,
está em cada centímetro da memória
Mas não te fere para matar.
Só está em você agora.

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