quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dualidade I


Para Amanda Leal, querida amiga com quem trabalhava no momento em que esse texto nasceu.


Eu não sou só pó nem só o ópio. 
Não acredito que tenha nascido num momento de prazer e nem que tenha sido lindo meu nascimento. Acho que passei a existir muito mais do que a viver e assim foi por toda a minha vida. Sempre estive a dois passos da escuridão, mas não escuridão do mundo, nem da sociedade. A escuridão sempre esteve em mim mesmo!

Eu não sou má.
Eu sou má.

Para toda a ira, calmaria. Para toda a tristeza, júbilo. Para toda morte, um nascimento novo. Para todo homem, Deus. Para toda a escuridão... Luz? 
Onde?

Para todas as minhas desventuras, várias de mim nascem, frutos da minha imaginação que viaja no caos do chronos. 
Ah meu Deus,
O que teria sido de mim?

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