Ora, essa é minha oração de devoto ao místico pensar da teoria do caos, que nada tem de física. Trata-se de fé. De vazios não preenchidos, de anos de adoração a um deus inventado e revestido de amor platônico, cultuado apenas pela lembrança de uma realidade imaginária.
Tenham misericórdia de nós!
Das cabeças que ainda repousam na segurança da memória, encostam no travesseiro e divagam, cometendo suicídio aos poucos, recriando um espaço habitado por ninguém real, apenas possibilidades.
E que a falta do toque das mãos e o carinho nos cabelos não nos seja motivo de condensação de sentimentos reais, que não nos adormeça a sensibilidade da pele e não vire motivo de homicídio ou suicídio por abandono.
Nos tire desse mundo invisível de apenas viver para sonhar. E nos perdoe por desperdiçar talento e tempo insistindo em realidades alternativas.
Amor devoto ao desconhecido que nem ao menos sabe que existe ou que sustenta a existência de outro ser vivo. Não é justo que vivamos assim.
Acordem! Amigos, colegas, irmãos! Acordem!
Nos faça sentir o frio e o calor do mundo real, vivendo de verdade!
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