Para Amanda Leal, querida amiga com quem trabalhava no momento em que esse texto nasceu.
Eu não sou só pó nem só o
ópio.
Não acredito que tenha nascido num momento de prazer e nem que tenha sido
lindo meu nascimento. Acho que passei a existir muito mais do que a viver e
assim foi por toda a minha vida. Sempre estive a dois passos da escuridão, mas
não escuridão do mundo, nem da sociedade. A escuridão sempre esteve em mim
mesmo!
Eu não sou má.
Eu sou má.
Para toda a ira, calmaria.
Para toda a tristeza, júbilo. Para toda morte, um nascimento novo. Para todo homem,
Deus. Para toda a escuridão... Luz?
Onde?
Para todas as minhas
desventuras, várias de mim nascem, frutos da minha imaginação que viaja no caos
do chronos.
Ah meu Deus,
O que teria sido de mim?
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