O que resta de ti?
Que pena...
O que resta de ti é uma lona estirada sem qualquer zelo sobre duas vigas de madeira que sobreviveram a tempestade. Uma espécie de tentativa desesperada de ter onde morar com alguém, desejo sustentado apenas por você mesmo. O tipo de coisa que não vale a pena.
Você pode até acreditar que isso é uma casa e tentar se convencer disso, se ela lhe servir como uma casa no final das contas.
Mas isso não é um lar.
Não dá pra ser feliz aí debaixo.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
CAOS [4]
Um,
dois,
três,
quatro...
quatro batidas de um coração preso numa caixinha de preciosidades.
Tenho várias dessas relíquias.
Beleza.
Tenho a sensação de queda de novo.
E no meio, correm rios de vômito e gozo e orações e pecados e pênis e vagina e ânus e deformidades e simpatia e empatia e silêncios e secreções e vida e morte e morte e gelo e fogo e ar e gás e grito e alegria
Alegro-me de viver um pouco dentro de mim mesmo, porque fora não há nada.
Minha história existe em mim. Fora não há nada.
A existência não me transpassa. Ela acontece ao meu redor. Enquanto eu vivo pra dentro.
A minha diversão é só morrer quando eu quiser.
dois,
três,
quatro...
quatro batidas de um coração preso numa caixinha de preciosidades.
Tenho várias dessas relíquias.
Beleza.
Tenho a sensação de queda de novo.
E no meio, correm rios de vômito e gozo e orações e pecados e pênis e vagina e ânus e deformidades e simpatia e empatia e silêncios e secreções e vida e morte e morte e gelo e fogo e ar e gás e grito e alegria
Alegro-me de viver um pouco dentro de mim mesmo, porque fora não há nada.
Minha história existe em mim. Fora não há nada.
A existência não me transpassa. Ela acontece ao meu redor. Enquanto eu vivo pra dentro.
A minha diversão é só morrer quando eu quiser.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Dualidade I
Para Amanda Leal, querida amiga com quem trabalhava no momento em que esse texto nasceu.
Eu não sou só pó nem só o
ópio.
Não acredito que tenha nascido num momento de prazer e nem que tenha sido
lindo meu nascimento. Acho que passei a existir muito mais do que a viver e
assim foi por toda a minha vida. Sempre estive a dois passos da escuridão, mas
não escuridão do mundo, nem da sociedade. A escuridão sempre esteve em mim
mesmo!
Eu não sou má.
Eu sou má.
Para toda a ira, calmaria.
Para toda a tristeza, júbilo. Para toda morte, um nascimento novo. Para todo homem,
Deus. Para toda a escuridão... Luz?
Onde?
Para todas as minhas
desventuras, várias de mim nascem, frutos da minha imaginação que viaja no caos
do chronos.
Ah meu Deus,
O que teria sido de mim?
Assinar:
Postagens (Atom)