Hoje, paro um instante para propor uma
reflexão que escrevo ainda em comunhão com meu Eu Lírico.
Estamos vivendo dias confusos, em que os
valores se invertem e se perde a noção de prioridade. Cercados de intolerância
e, num paradoxo inusitado, pela indiferença. Somos reféns do medo, da
imprudência, traumatizados pela violência, pela falta de orientação.
E eu me obrigo a crer na pedra fundamental
para a evolução: a educação.
Com uma boa educação, desde cedo, banhamos a
criança na luz e a tiramos dessa vida medíocre de senso comum.
Com pais e professores com boa formação, não
apenas de matéria como disciplina, mas com formação empática de mundo, podemos
instruir crianças que se tornarão grandes seres humanos, atenciosos com o
próximo e com o meio ambiente, tolerantes, abertos ao novo e que não se
conformam com o que está errado e prejudica os outros.
Com a educação, podemos evitar tantos males
pequenos e, todos juntos, evitamos uma guerra. Com a educação, nós todos vamos
nos incomodar no sofá e vamos nos levantar para derrubar os corruptos e os
fanáticos. Poderemos até dar as mãos e compreender que vivemos num mundo de
todos que existe para todos e, finalmente, deixar de lado as irritantes
discussões de classe, gênero, sexualidade, religião...
Poderemos compreender que EU CRISTÃO pode ser
melhor amigo do EU ATEU, sem ninguém impor nada a ninguém. Assim como o EU
NEGRO e o EU BRANCO. Ou o EU HÉTERO e o EU GAY. EU RICO e EU POBRE.
Evitaremos também as mortes no trânsito.
Um exercício muito bom é visitar uma família
carente ou um asilo. Com a educação, seremos gratos por aquilo que temos e
corajosos para adquirir o que ainda não temos.
Sem puxar o tapete de ninguém.
Há espaço para todos no planeta.
E essa educação tem que começar cedo, em
casa. Se você não tem orientação suficiente, não tenha filhos. Vá se educar e
depois pense em educar outro ser humano.
Não é tarefa fácil. Precisa-se de muita
humildade.
Mas talvez seja o segredo tão óbvio para a
nossa salvação.
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